Antônio Marcos era um bom vendedor em uma loja de departamentos. Já estava na mesma empresa a 2 anos e queria desenvolver sua carreira ali mesmo: cumpria corretamente os horários, fazia tudo que lhe era pedido e já almejava se tornar supervisor de vendas da loja. Veio a oportunidade e advinhem... ele não foi o escolhido. A empresa trouxe uma pessoa de outra unidade para supervisionar aquela loja.

    Antônio ficou frustrado, mas logo ergueu a cabeça, estufou o peito e foi falar com seu gerente. Contou-lhe de sua frustração, e não entendeu quando seu lider disse que “para ser supervisor, primeiro, é preciso ser supervisor”. Então o gerente explica – se você deseja ser promovido a supervisor, primeiro, você precisa pensar e agir como supervisor, e acrescentou, você precisa chegar mais cedo para conferir seu trabalho e o trabalho da equipe, verificar pendências, precisa ajudar e orientar seus colegas, assumir para si a responsabilidade de entregar o melhor trabalho, aproveitar as oportunidades quando seu líder  lhe pedir para fazer o trabalho dele, você precisa ser dono do negócio. Quando isso acontecer, a empresa não terá dúvidas sobre quem promover quando precisar de um novo supervisor ou gerente.

    Esclarecido e surpreso Antônio agradece e vai embora pensativo.

    Esse é um caso real que aconteceu em Goiânia, mas também acontece todos os dias nas empresas pelo Brasil. Onde bons profissionais aos poucos ficam para trás por não investir na carreira ou por uma pressa ineficiente - quando muitos deixam de fazer as coisas certas para colher os resultados na carreira e amargam a estagnação de cargo e salário.

    Em uma pesquisa recente conduzida pelo renomado Ibmec, com CEO’s e diretores de RH, sobre o que é esperado por esses executivos na hora de contratar profissionais para cargos de liderança. Entre as caracterícas apontadas por mais de 70% do entevistados estão: capacidade de liderança (accontability); ser colaborativo e trabalhar bem em equipe; ser dono do negócio (ownership); e, estabilidade emocional e boa relação interpessoal.

     Em se tratando da área comercial, percebe-se que até aí não foi indicada capacidades técnicas como vendas, negocação, marketing, etc., e sim comportamentais. É claro que algumas habilidades técnicas já são pressupostos básicos, mas quem deseja crescer profissionalmente precisa se preocupar com fatores comportamentais. Essas competências podem não ser muito exigidas no seu cargo atual, mas serão fundamentais nos cargos de liderança acima de você.

    Foi isso que o Antônio Marcos fez, buscou então desenvolver as competências necessárias para o cargo de supervisão, começou a agir como supervisor antes mesmo da promoção e em 8 meses assumiu o tão almejado cargo na loja. Esses comportamentos o ajudou a se tornar atualmente gerente de contas especiais do Itaú.

    Então se você deseja realmente andar a passos largos em direção ao crescimento na carreira, precisa acelerar – invista na carreira, se não tem dinheiro, invista tempo (como faz lendo esse artigo), sempre converse com seus líderes sobre o que você precisa fazer ou aprender para conseguir uma promoção, vá além das qualificações exigidas, atue como se já tivesse conquistado o cargo almejado, treine sua comunicação e tenha o hábito de ser sempre o melhor naquilo que faz, como explico em meu livro “Prepare-se para Vencer: A hora é agora” Ed. Interagir.

    Anote aí, às vezes precisamos sacrificar um pouco de quem somos em prol de quem desejamos ser.

 

Sucesso e até a próxima! 

 

* Genilson Mariano é Diretor da GM7 Educação Corporativa, palestrante, tem ministrado treinamentos e palestras pelo Brasil, desde 2009. Especialista em Gestão de Pessoas e Docência Universitária, é Coach com certificação internacional. Escritor, autor do livro "Prepare-se para Vencer!" e co-autor do livro "A arte de se tornar um profissional cobiçado em Vendas", criador do treinamento VendEx 4.0, ex-professor do SENAC-Goiás, é professor nos cursos superiores e de pós-graduação na Faculdade Católica de Anápolis. Site: www.genilsonmariano.com.br